sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Visão de Osho sobre “Religião”: Misericórdia e não sacrifício!

Olá, leiam aqui trechos muito interessantes sobre o que Osho fala a respeito de religião. Só cuidado para não compreenderem de forma errada e negativa, pois são trechos profundos e que geram muita reflexão e a boa polêmica! Mantenham a mente aberta e curtam a leitura!

Religião é, básica e essencialmente, uma rebelião. Não se trata de conformidade, não se trata de pertencer a qualquer organização, sociedade, igreja, pois todos esses pertencimentos vem do medo, e religião vem da liberdade. Mas há o medo de estar sozinho. As pessoas gostam de pertencer a uma nação, a uma igreja, a uma sociedade, porque, quando você pertence a uma multidão, você se esquece da sua solidão. Ela não desaparece, mas você se esquece dela. Você se engana, cria um sonho ao seu redor, como se não estivesse sozinho. Você permanece sozinho do mesmo jeito; isso é apenas um tóxico.

Religião não é um tóxico. Ela não lhe dá inconsciência, ela lhe dá consciência. E consciência é rebelião. Quando você se torna consciente, não pode mais pertencer a nenhuma sociedade, a nenhuma nação, a nenhuma igreja, porque, quando se torna consciente, você se torna consciente da austera beleza da solidão. Você se torna ciente da música que está continuamente acontecendo dentro da sua alma... mas nunca se permitiu estar só para ouvi-la, para estar em sintonia com ela, e ser um com ela.

Religião não é conformidade, porque toda conformidade é mecânica. Você faz certas coisas, porque se espera que você as faça. Você as faz porque tem de viver com pessoas e tem de seguir suas regras; você as faz porque você tem sido condicionado a fazê-las. Você vai à igreja, vai ao templo, ora, segue rituais, mas tudo é vazio. A menos que seu coração esteja naquilo, tudo é morto e mecânico. Você pode fazer tudo exatamente como está prescrito, sem erro --- pode até ser perfeito – mas, mesmo assim, aquilo está morto.

Religião não é consolo. Ao contrário, é um desafio: Deus desafia o homem. Ele continuará batendo à sua porta. Não permitirá que você se estabeleça por menos. Religião é um desafio. Ela não é um consolo. Mas as supostas religiões, as religiões organizadas, são consolos. Elas o consolam, escondem suas feridas. Elas não os excitam, não o chamam, não o invocam, não lhe pedem para ser aventureiro, não lhe pedem para ousar, não lhe atraem para mover-se numa vida perigosa. Elas são como lubrificantes. Você pode se mover mais facilmente e você não se atrita contra os vizinhos. Não surge nenhum conflito. Você faz uso da igreja como lubrificante. Ajuda, ajuda socialmente: é uma formalidade. Quando você tem uma aparência de que é religioso, você tem uma arma potencial com você. Sua religião é um consolo para você e uma respeitabilidade. Na verdade isso é política, uma diplomacia. Faz parte da sua luta para sobreviver, faz parte da sua ambição, faz parte de toda a política do ego. É poder político.

Religião é o supremo. Tem algo a ver  com uma nova consciência dentro do indivíduo, é um novo ser surgindo e se expandindo no indivíduo. Você tem novo olhos, você ganha um novo olhar através dela. Você pode ver os velhos problemas, mas eles desaparecem. Não que tenham sido resolvidos – eles simplesmente desaparecem, se dissolvem. Com um novo olhar eles não podem existir. Você tem uma nova visão, uma nova dimensão.

Caso queiram ler o livro completo chama-se: PALAVRAS DE FOGO,reflexões sobre Jesus de Nazaré!  Osho!!!!

Ateísmo


O Ateísmo é a negação da existência de Deus. É uma corrente de pensamento que tem como base o questionamento e diferente das religiões as quais vai de encontro, não surgiu de um conjunto ou única vertente de ideias.

O pensamento ateu surge do próprio indivíduo quando esse passa a duvidar das questões religiosas ao seu redor e não encontra provas da existência de Deus. O Ateu Forte é um tipo de ateísmo que tem na racionalidade toda a “força” de sua argumentação contra religiosa, dizendo que não se pode provar a existência de Deus.

O segundo tipo é chamado de Ateu Fraco, chamado assim por partir do ponto de duvidar em vez de negar completamente, ou seja, Deus não existe, até ser provado que realmente não exista.

A terceira forma de manifestação do ateísmo é chamada de Neo Ateu, considerada a mais radical de todas, pois deve-se negar a religião já que ela é o desdobramento errôneo da crença em algo que não existe, no caso Deus.

O filósofo Carnéades (214-129 a.C) foi o primeiro a realizar uma manifestação pública de ateísmo, em uma conferência no Senado romano chegou a dizer que os deuses não existiam.

Com o tempo, conforme a Igreja Católica foi se  constituindo, mais e mais perigoso ser tornou o fato ser ateu. Muitas vezes ser mencionado por alguém ou mesmo cogitado, já era o bastante para o dito herege ser condenado à fogueira.

No século XVIII com a chegada do Iluminismo, os questionamentos dos homens perante tudo e principalmente a igreja aumentaram. Foi aí que surgiu um dos mais ferrenhos críticos da religião: o filósofo francês Denis Diderot (1713-1784). Em seus livros ele ataca a igreja Católica e suas práticas, denunciando vários abusos cometidos  pela igreja.

O alemão Ludwig Feuerbach chegou a influenciar o mais conhecido pensador ateu: Karl Marx. Para Feuerbach, a religião seria o conjunto de crenças em que o homem sintetiza toda a sua angústia enquanto ser imperfeito, criando assim uma relação de inferioridade com a própria imagem projetada como divindade. A religião se torna uma maneira de alienação pessoal e, mais tarde, de massa, a partir do momento em que passa a controlar a sociedade por meio de dogmas e normas. Esse raciocínio influenciou a famosa frase de Karl Marx: “a religião é o ópio do povo”.

Outro influente pensador ateu é Friedrich Nietzsche, seu pensamento tem como pressuposto a queda da religião, uma vez que ela cria superstições, mitos e mecanismos de alienação que o impedem de evoluir.

Para finalizar, vale a pena citar um pensador contemporâneo: o estadunidense Sam Harris, graduado em Filosofia e doutor em Neurociência em 2009. Ele se baseia em pontos ideológicos e físicos para demonstrar a “farsa das religiões”. Durante anos de estudo ele utilizou imagens de ressonância magnética para conduzir pesquisas de base neurológica a respeito das crenças.

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Taoísmo


O Taoísmo é baseado em um pequeno livro de 81 versos chamado Tao Te King. Dizem que o autor chama-se Lao Tsé. Ele viveu uma parte de sua vida em torno do século 6 a.C, na corte imperial chinesa onde trabalhava como historiador e bibliotecário.

Certo dia, Lao Tsé abandonou a corte, passando a viver em uma floresta como eremita, estudando e meditando. Ao tentar atravessar a fronteira da China, um soldado que guardava a fronteira, pensando que as autoridades não iriam gostar nada de saberem que um homem tão sábio saiu do país, impôs uma condição à Lao Tsé: para que ele atravessasse a fronteira ele deveria antes escrever um livro que reunisse toda a sua filosofia. Lao Tsé então sentou e escreveu o pequeno livro, entregou-o ao soldado, foi embora e nunca mais foi visto!

Essa é apenas uma das histórias sobre o surgimento do livro Tao Te King que é traduzido como “O livro do caminho perfeito” ou “Livro do caminho da virtude”.

Em meados de 206 a.C até 220 d.C, a China era dominada pela Dinastia Han, uma das mais notáveis. Nessa época o país progrediu muito em termos de questões internas: agricultura, artesanato e comércio. A população chegou a 55 milhões, estendendo sua influência política para a Mongólia, Coreia, Vietnã e Ásia Central, porém acabou desmoronando após uma combinação de pressões internas e externas. Foi durante essa Dinastia que o Tao Te King foi adotado como um dos principais manuais da corte e no final desse período, o taoísmo já era considerada uma religião.

Há uma lenda que diz que Lao Tsé teria trocado de nome para Gautama, retornado à China e fundado o Budismo. Aliás, ao entrar na China, o Budismo foi influenciado pelo Taoísmo, dando origem ao Zen Budismo.

Lao Tsé achava que o modo correto de viver era por meio da simplicidade e da sintonia com o Tao (divindade). Segundo o Tao Te King, o homem sábio não tenta se mostrar acima de outras pessoas. Pessoas que falam demais são as menos sábias. Muitas pessoas ricas parecem não ter nada.

O Taoísmo aconselha exercícios de meditativos que conservam a energia e produzem um estado de quietude e equilíbrio. Nessa religião, as mudanças do universo são representadas nas figuras Yin Yang. Yang representa a força masculina do universo, violenta, criadora, racional. Yin é a força feminina, receptiva, flexível, meditativa. São realizados vários rituais nos templos taoístas, entre eles destacam-se os rituais de iniciação, de purificação, de casamento, benção de crianças e ritos fúnebres.

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Espiritismo


De acordo com o IBGE, o espiritismo tem 20 milhões de adeptos no Brasil, o que faz do nosso país a maior nação espírita do mundo.

Em meados do século 19, as primeiras pessoas capazes de se comunicar com os espíritos se manifestaram. Porém, o espiritismo só se estruturou de fato a partir da obra de Alan Kardec, pseudônimo de Hippolite Léon Denizard Rivail.

Rivail era um professor francês muito famoso, discípulo de Pestalozzi. Vou abrir um parêntese e falar rapidamente de Pestalozzi, pois sou sua fã.

Pestalozzi foi um famoso educador suíço que revolucionou sua área com a máxima de que “o amor é o eterno fundamento da educação”. Sua escola recebia crianças de toda a Europa. Em sua escola não havia castigos ou recompensas e os alunos podiam entrar e sair na hora em que quisessem, sendo tratados com todo o respeito e afeição.

Voltando para Rivail, com 18 anos já era professor e traduzia livros do inglês e alemão para o francês. Era muito racional e ligado às descobertas científicas da sua época. Quando lhe falaram sobre o fenômeno das mesas gigantes, ele não acreditou. Esse fenômeno era a diversão das elites dos centros urbanos europeus, e acontecia assim: homens e mulheres davam-se as mãos em círculo ao redor de mesas redondas, que se erguiam sem serem tocadas. Eram feitas perguntas e as respostas vinham por meio das mesas com suas batidas no chão. A maioria das perguntas se concentrava em futilidades.

Ao saber do fenômeno Rivail disse: “só acreditarei quando o vir e quando me provarem que uma mesa tem cérebro para pensar, nervos para sentir e que possa tornar-se sonâmbula”. Assim, ele passou a participar das reuniões e se espantou quando percebeu que o fenômeno era autêntico. A partir daí, usou toda a sua formação para estudar o fenômeno, e logo começou a modificar o caráter das reuniões. Elaborou metodicamente uma série de perguntas a serem respondidas com precisão pelos espíritos, utilizando a indução: método de investigação científica em que se estudam vários casos singulares para se chegar a uma conclusão universal.

Ele reuniu os resultados desses estudos em forma de um livro, contando até mesmo com uma revisão feita pelos espíritos através de uma médium chamada Japhet. E desta forma assinou seu primeiro livro “O livro dos espíritos” como Alan Kardec, evitando usar seu nome verdadeiro muito associado aos livros didáticos.

O livro dos espíritos foi lançado em Paris, em 1857 e foi um sucesso estrondoso. E em meio a grandes elogios também vieram as críticas. Um padre chegou a acusar Kardec de enriquecer com o espiritismo. Na Espanha, o bispo mandou queimar 300 exemplares da obra em praça pública, porém os resultados foram contrários, a disputa foi grande pelos exemplares que não foram queimados. Sobre esse episódio kardec escreveu: “ Podem queimar livros, mas não se queimam ideias.

Alguns princípios da doutrina espírita são: a existência de Deus, a imortalidade da alma, a reencarnação, o esquecimento do passado, a comunicação com os espíritos, a existência de vida em outro mundo, a lei da ação e reação, a fé raciocinada, a lei da evolução e a lei da moral.

De acordo com o espiritismo, os espíritos estão em toda parte. Os menos evoluídos são os que mais se agarram ao plano material. Outros vão para o umbral (região para onde vão os espíritos perturbadores e revoltados, incapazes de alcançar níveis espirituais mais elevados.) e os menos apegados às paixões e ao mundo seguem para colônias espirituais. O espiritismo não acredita no inferno, e sim em espíritos evoluídos e inferiores, sendo que o desejo de Deus é que todos os espíritos alcancem a perfeição ao longo de várias vidas.

Vale a pena ressaltar Chico Xavier, médium brasileiro responsável pela popularização do espiritismo no país. Ele é respeitado por muitos, até mesmo de outras religiões. Morreu aos 92 anos em 2002, deixou 412 livros psicografados, a maioria de autoria de seu parceiro espiritual, Emmanuel. Por seu pacifismo e luta em prol dos necessitados, é comparado a Gandhi, Madre Tereza de Calcutá e São Francisco de Assis.

Apesar do sucesso, Chico continuava uma pessoa humilde e vivia na simplicidade. Sua única fonte de renda era a aposentadoria de funcionário público do Ministério da Agricultura. O dinheiro dos 30 milhões de livros vendidos ia todo para instituições de caridade.

Próxima religião: Taoísmo!

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Cristianismo

Jesus nasceu no dia 25 de dezembro, veio ao mundo em meio da pobreza. Sua mãe era uma jovem virgem que recebeu uma divina missão. Ele não era um homem comum, era um profeta e filho de Deus. Para seguir Jesus, as pessoas haviam de aceitar o batismo e comungar o pão e o vinho.

Quando Jesus morreu, já havia espalhado por boa parte da Judeia sua versão reformadora do Judaísmo. Seus seguidores partiram levando seus ensinamentos e a seita dos cristãos se expandiu pelo mundo. Os primeiros seguidores de Jesus se reuniam em comunidades nas catacumbas e periferias das cidades. Essas primeiras igrejas eram organizadas por pessoas que conheceram Jesus. Jesus não deixou nada escrito, sendo que esses seguidores, discípulos tiveram a missão de transformar suas palavras em doutrina. Desta forma, cada um desses pequenos grupos criou sua versão particular das palavras de Jesus.

Na Idade Média, a igreja controlava todos os ramos da sociedade e não admitia ser contrariada. Até que um monge alemão resolveu desafiar a mais poderosa instituição da época. Ele era Martinho Lutero que fazia parte da burguesia, ingressou na universidade onde estudou filosofia nominalista de Ockham, concluindo bacharelado e também mestrado. Logo depois se inscreveu na escola de Direito da mesma faculdade. Só que de repente, tudo mudou. Após um raio ter caído próximo de onde ele estava aterrorizado gritou: “Me ajude sant’ana! Eu me tornarei monge”. E por sobreviver, resolveu deixar a faculdade e entrou para a ordem dos Agostinianos, dedicando-se à vida ao mosteiro. A fim de agradar a Deus, dedicou-se à meditação, às autoflagelações, às orações diárias, às peregrinações e à confissão. Porém, quanto mais agradava a Deus, mais se dava conta de que era um pecador. Com o tempo, Lutero notou que a falta de clareza nos Evangelhos era a causa da incorreta compreensão dos Evangelhos de Jesus pela Igreja de seu tempo. No dia 31 de outubro de 1517, as 95 teses escritas por ele foram pregadas na porta da igreja. Nelas, Lutero condenava o que acreditava ser a avareza e o paganismo por parte da igreja. As 95 teses foram traduzidas para o alemão e espalhadas por toda a Alemanha e em seguida por todo o continente Europeu.

O papa Leão X logo agiu, ordenando que Lutero fosse investigado, acusando-o de alemão bêbado. Lutero foi declarado herege e Silvestro um professor de teologia, a mando do papa, escreveu uma refutação acadêmica às suas teses, reafirmando a autoridade papal sobre a igreja e condenava as teorias de Lutero como um desvio e uma apostasia: afastamento definitivo e renúncia da fé ou doutrina.  Após muitas brigas e discussões com o papa, Lutero teve que refugiar-se em um castelo distante, deixando a barba crescer, disfarçou-se de cavaleiro e assumiu o psedônimo de Jorg. No seu refúgio forçado, ele trabalhou na célebre tradução da Bíblia para o alemão.

Foi daí que nasceu uma nova religião: o protestantismo, que tem como principais pilares a interpretação livre ou juízo privado dos textos bíblicos, fruto da Reforma Protestante. Em 1520, Lutero enviou seu escrito “A liberdade de um cristão” ao papa, dizendo: “eu não me submeto a leis ao interpretar a palavra de Deus” e que é “sempre melhor ver com os próprios olhos do que com os de outras pessoas”.

Em sua interpretação das Escrituras, os protestantes não aceitam como ensinamento bíblico o culto a imagens e santos, e criticam o Catolicismo por contrariar a bíblia ao pregar a veneração à Maria e aos Santos. Os protestantes não vêem a necessidade de confissão de pecados, pois só Deus é capaz de perdoar os pecados.

O que é Pentecostalismo? É um movimento religioso de dentro do Cristianismo reformista que coloca ênfase em uma experiência direta e pessoal com Deus por meio do batismo pelo Espírito Santo. No Brasil é comum os pentecostais se identificarem com o termo “evangélicos”.

Atualmente há um grupo grande de igrejas conhecidas como “Neopentecostais”. Os grupos mais conhecidos no Brasil são: Igreja Universal do Reino de Deus, liderada por Edir Macedo; Igreja Internacional da Graça de Deus, liderada por R.R Soares; Igreja Apostólica Renascer em Cristo, liderada por Estevam Hernandes.

Seguiram o raciocínio sobre os caminhos e acontecimentos que geram as inúmeras instituições/Igrejas?

Em minha opinião, antes de escolher seguir uma religião, a pessoa deveria ao menos saber como tudo começou. Não critico quem segue religiões, critico pessoas alienadas que não procuram informação, conhecimento e aceitam toda e qualquer proposta que lhe oferecem, sem reflexão e sem senso crítico. Próxima religião a ser falada: Espiritismo.






quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Budismo

Como já expliquei, em meados de 600 a.C, na Índia, os hindus seguiam rigidamente o sistema de castas, sendo que cada rei era absoluto e o povo era sempre submisso. Até que surge Siddharta Gautama, o Buda. Segundo a lenda, assim que nasceu, Gautama deu sete passos, sendo que de cada passo brotava uma flor de lótus, fato este que anunciava a sua santidade. Siddhartha Gautama significa “aquele que atingiu seu objetivo”. Seu pai, o rei Suddhodana, perturbou-se com a profecia feita por um dos sábios. O sábio previu dois caminhos para a criança: em um Gautama seria um monarca, grande sábio; No outro caminho o príncipe renunciaria ao mundo em busca de iluminação. Para que seu filho não conhecesse o mundo, o rei o confinou no castelo, rodeando-o de muita riqueza, mulheres e toda educação necessária na época. Mesmo assim, Gautama passava horas sozinho, isolado. Resolveu assim, sair do castelo e conhecer o mundo lá fora. E ao sair se deparou pela primeira vez com a velhice, com a morte, com a dor e com a doença. Depois do ocorrido, tudo mudou: o príncipe renunciou a toda riqueza, deixou pra trás esposa e filho pra sair em busca do seu caminho. No decorrer da sua jornada buscava encontrar respostas para tanto sofrimento no mundo, e seguindo na solidão com muita meditação. Gautama chegou à iluminação quando meditava debaixo de uma figueira, encontrando as respostas que tanto procurava. Ele faleceu aos 80 anos sem nomear nenhum sucessor e nem formalizar doutrina alguma.

Como sempre, após a sua morte surgiram muitos movimentos e escolas de Budismo, lembrando que Gautama não inventou religião alguma, pois isso se deu pelos seus seguidores. O mesmo foi com Cristo, que também não inventou religião nenhuma, deixou seus princípios e os homens inventaram as religiões depois da sua morte. Isso é outra questão que será falada em outra postagem. Apenas um desabafo. E voltando ao assunto, com o passar do tempo o Budismo foi se espalhando, junto com a necessidade de seus seguidores em oficializar a religião. O Budismo se espalhou pelo oriente e no ocidente despertou o interesse público no século XX confrontando o Cristianismo tradicional. Buda significa “o ser Iluminado”. A fé em Buda significa a fé em experimentar a iluminação nesta vida. Assim, não é a fé que salva, e sim a descoberta por meio de uma prática de que a iluminação pode ser alcançada. Os ensinamentos de Buda podem ajudar as pessoas a conquistarem o conhecimento de si através do conhecimento da mente, e para isso é necessário a meditação.

No Brasil, a tradição budista tem em torno de 30 monges, sendo que o número de pessoas que frequentam os templos em nosso país não chega a 1%, segundo o IBGE. Próxima postagem: Cristianismo.






quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Judaísmo

O Judaísmo origina toda a base religiosa do cristianismo e a história do povo judeu com suas crenças é contada no livro mais importante para os cristãos: a Bíblia. Moisés é um dos pilares do Judaísmo por ter recebido diretamente de Deus os Dez Mandamentos, no Monte Sinai. Ele foi o grande líder dos judeus na fuga do Egito. E 40 anos de fuga perduraram pelo deserto sob sua liderança (1300 – 1050 a.C). Após a morte de Moisés, Josué seu “assistente” com tendência militarista, torna-se o líder do grupo. Tudo corria como planejava, porém depois que Josué morre, os judeus dividiram as terras por sorteio. Sendo que a partir daí começaram várias brigas por conquista de terras e pela liderança do povo, ocorrendo um grande intercâmbio cultural. Pessoas que estimavam ser líderes passaram a se preocupar com os desvios que estavam ocorrendo da religião e dos mandamentos. Assim, surgiram os juízes, na qual cada tribo teria um juiz com o principal objetivo de manter a religião judaica e impedir outros povos de dominar as suas terras. Com o passar do tempo, os líderes percebiam que essa medida concebida pelos chamados juízes não era suficiente para a organização da sociedade, pois necessitavam de uma unidade nacional, dando início à época dos reis. Nesta época muitos reinados aconteceram bem como grandes disputas, povos e governantes se desviavam do caminho da religião, já que os reinos foram divididos. Nesse tempo (900 – 719 a.C) surgiram os profetas que tentavam a todo custo que a população seguisse o caminho religioso e eles que ensinavam maneiras adequadas de como o homem deveria corrigir os seus erros. Até que mais ou menos entre 63 a.C e 37 a.C, toda a Judeia foi rapidamente conquistada por Roma. Com os romanos na liderança, com o passar dos anos, um novo movimento que influencia até hoje o judaísmo surgiu: o Cristianismo. Falarei do Cristianismo de forma mais aprofundada em uma próxima postagem. Não posso deixar de citar João Batista, um dos principais pregadores que fazia suas reuniões às margens do rio Jordão banhando as pessoas para a purificação, o que depois ficou conhecido como batismo. O judaísmo é uma religião monoteísta, sendo que tudo depende de um único Deus. A Bíblia, mais especificamente, o antigo testamento é o livro sagrado dos judeus. As sinagogas são os locais onde se realizam os cultos religiosos e o muro das lamentações é a única parte que sobrou do segundo Templo de Jerusalém, destruído por Roma. Gostaram? O meu próximo relato é sobre o Budismo. Obrigada!

Hinduísmo

O Hinduísmo é uma das religiões mais antigas do mundo. “Hinduísta” significa “indiano”. Estima-se que essa religião tenha em torno de 900 milhões de fiéis. Por volta de 2.700 a.C as primeiras civilizações do mundo antigo começaram a surgir. E com declínio de algumas e ascensão de outras, invasões e posses de terras, surgiram os Vedas: a mais antiga e mais extensa coleção de textos sagrados do mundo. A forma de organização da sociedade era baseada nos princípios desses textos e no sistema de castas. Esse sistema determinava toda a vida da pessoa, profissão, o que podia comer, com quem podia se relacionar, casar e obedecer. A explicação religiosa é a seguinte: quem nascia em classe alta é porque em vidas anteriores praticou o bem. E quem nascia em classe menos favorecida é porque havia sido mal. Ou seja, os povos acreditavam que cada pessoa teria a vida de acordo com suas ações praticadas em outras encarnações. O que acontecia com aquelas pessoas que não se encaixavam em nenhuma casta? São os chamados dalits: descendentes de pessoas que violaram o código. São considerados impuros e chamados de intocáveis. Apesar de na Índia ter inúmeros deuses, o hinduísmo é considerado uma religião monoteísta por causa do conceito de Brahman estabelecido. Brahman significa o supremo que se manifesta de diversas formas, surgindo assim os deuses. Os principais deuses são: Vishnu, Brahma e Shiva. Essa trindade se manifesta no mundo por meio de seus avatares. Avatar significa “aquele que descende de deus”, “encarnação de deus”. Como vocês podem notar, essa religião tem como base a crença na reencarnação. O deus mais popular da Índia é Krishna. O movimento Hare Krishna é o mais conhecido pelo ocidente. No Brasil, a chegada desse movimento se deu por volta de 1972 por um grupo de haitianos e hoje tem aproximadamente 1600 integrantes com o maior templo localizado em Pindamonhamgaba, São Paulo. Conheceram um pouco sobre o Hinduísmo? Espero ter colaborado com essa síntese! Obrigada e aguardem que tem muito mais!

História das religiões- Introdução


Vamos fazer um “passeio” pelo passado e conhecer um pouco mais da história das religiões principais que circundam a vida dos seres humanos até hoje. Antes de começar a escrever especificamente de cada uma vou explanar alguns aspectos da antiguidade que caracterizam a busca constante do homem por uma relação com algum tipo de religião, ou seja, a busca pelo desconhecido e pelo divino.
Vamos começar pelo conceito de “mitologia”! Mitologia se refere a religiões antigas. O termo Mitologia pode referir-se tanto ao estudo de mitos, ou a um conjunto de mitos. Os mitos são, geralmente, histórias baseadas em tradições e lendas feitas para explicar o universo, a criação do mundo, fenômenos naturais e qualquer outra coisa a que explicações simples não são atribuíveis. Mas nem todos os mitos tem esse propósito explicativo. Em comum, a maioria dos mitos envolve uma força sobrenatural ou uma divindade, pois o que hoje é caracterizado como lendas passadas de geração em geração, antigamente eram as verdades da época responsáveis por toda uma organização social.
Cada uma dessas religiões antigas possui seus embasamentos ligados à origem do mundo e dos homens, sempre apresentando os seus principais líderes, regras e interesses políticos. E atrelados a esses interesses políticos particulares, os povos se separaram de acordo com suas escolhas religiosas. Surgindo assim os deuses Mesopotâmicos, Gregos, Romanos, Egípcios, Persas etc, cada qual com seus cultos e rituais, ressaltando cada vez mais a necessidade do homem em acreditar em um Deus ou em vários Deuses e se firmar em um tipo de religião.
A primeira religião falada será o Hinduísmo! Aguardem!


Apresentação

De onde viemos? Por que estamos aqui? Por que algumas pessoas são felizes e outras tristes? Para onde vamos depois da morte? Questionamentos como esses instigaram o homem a buscar o conhecimento teológico. Em momentos da história surgiram revelações que fizeram o homem ir além do mundo físico. A partir dessas descobertas estruturaram-se crenças que deram origem às diversas religiões existentes hoje, século XXI.

O objetivo deste site é compartilhar as minhas “descobertas” possibilitadas pelo mundo da leitura e pesquisa. Com a leitura de diversos livros ao longo dos anos, encontrei o caminho para as respostas dos meus próprios questionamentos. Desta forma, consigo me livrar de imposições, preconceitos, religiões, amarras e aprisionamentos criados pela sociedade. Espero com o site, ajudar de alguma forma as pessoas a encontrarem seu próprio caminho, pois só com o estudo e com a leitura o homem consegue adquirir uma consciência mais livre e encontrar Deus dentro de si!

Visitem esse site com o propósito de adquirirem seus próprios conhecimentos por meio das informações publicadas, extraindo dele somente o que acham necessário para o crescimento mental, espiritual e físico. Leiam com olhos de estudiosos, independente da religião frequentada, pois o site não tratará de uma religião, mas sim de espiritualidade!

Obrigada! Alusah Martins Salvador