domingo, 21 de outubro de 2012

Por que Meditar? Por que buscar?

Por que Meditar? Por que buscar?

"Eu não digo que você deva meditar; eu não insisto nisso. É você que está buscando. E você tem que buscar.
...


É exatamente como se um homem doente perguntasse: "Por que tomar remédio?"
Por que você está doente, eis por quê. Se você não está doente, então não há necessidade.

Por que buscar a saúde? Não é preciso, se você está saudável. Mas se você não está saudável, então tem que buscar a saúde.

A meditação não tem sentido para um Buda, para alguém que alcançou a totalidade do seu ser.
A meditação é um remédio; deve ser dispensada. A menos que você se torne capaz de prescindir da sua meditação, você não está saudável. Portanto, lembre-se: a meditação não é algo para ser carregado por todo o sempre. Chegará o dia em que a meditação terá completado o seu trabalho e não será mais necessária. Então você pode esquecê-la.

As pessoas vêm a mim e perguntam: "Quando você medita?" Nunca: eu não medito de forma alguma; não há necessidade. A meditação é apenas medicinal. Quando você está doente, em conflito, em miséria, ela é necessária.

E você pergunta: "Por que meditar?" Eu não estou dizendo que você deve meditar. Se você acha que é feliz, feliz consigo mesmo, se acha que não tem problemas, se acha que não tem preocupações, angústias, ansiedades, você não precisa meditar.

Mas você precisa. Todo mundo tem uma angústia muito profunda dentro de si, uma profunda loucura interior. E por causa disso você pergunta: por que meditar? Você pergunta por que está com medo.

Através da meditação você pode perder a sua loucura, a sua ansiedade, a sua angústia, e você se acostumou tanto a tudo isso, habituou-se tanto!

Essa amizade se prolongou por tanto tempo que você vai se sentir solitário se se tomar saudável, muito solitário. Se uma pessoa tem vivido com dor de cabeça por toda a vida e, de repente, a dor de cabeça desaparece, ela sentirá como se tivesse ficado sem cabeça. Agora, ela não poderá sentir a própria cabeça!

Você está acostumado com as suas misérias. Elas lhe dão a sensação de existir. Se você não tem do que se queixar, você sente que não existe. Essa é a razão pela qual as pessoas se queixam todos os dias com todo mundo. Conversam a respeito de suas misérias e ficam muito felizes quando falam sobre isso.

Olhe para uma pessoa quando ela está falando sobre suas misérias. Ela sente que é alguma coisa. Quanto mais fala, quanto mais exagera o seu sofrimento, mais importante ela se torna. Olhe para o rosto de uma pessoa que expõe suas misérias. Parece que ela está em êxtase!

Se você vai a um médico e suspeita de um câncer ou de uma tuberculose, alguma coisa séria, e o doutor diz: "Não é nada. Uma aspirina resolve" - você se sente decepcionado. Um sofrimento tão profundo e ele diz que não é nada, apenas uma doença comum que vai desaparecer com um remédio comum. Você se sente como se tivesse sido deposto. Você estava sentado no trono do câncer e tudo não passava de uma doençazinha; um remédio qualquer vai curá-lo.

Você fala a respeito de suas misérias, de seus males, de suas doenças; você não engrandece. E quando você os glorifica, sente que você mesmo está sendo glorificado.

Por isso que a mente, a mente doente, pergunta: Por que meditar? A própria questão mostra que você precisa de meditação. O 'por quê', o próprio 'por quê'. Uma pessoa que não tem necessidade de meditação nunca pergunta por quê. Ela para de perguntar, porque todas as perguntas fazem parte da ansiedade. Se você está interiormente silencioso, em paz, feliz, você não pergunta.

Os filósofos são os mais miseráveis dos homens. Eles estão sempre perguntando: "Por que isto? Por que aquilo?" O constante "por quê" é uma doença interna. Olhe por este lado: só quando algo vai mal você pergunta por quê.

Quando tudo está bem, você nunca pergunta por quê. Você pergunta por que há miséria; você nunca pergunta por que há bem-aventurança. Pergunta por que há morte; você nunca pergunta por que há vida. Pergunta por que há ódio; nunca pergunta por que há amor.

Quando há amor, não há perguntas a fazer. Você o aceita totalmente. Quando há ódio, surge a questão. Quando você está em estado de graça, nenhum questionamento, nenhuma investigação, nenhuma filosofia aflora.

Quando você está angustiado, sofrendo, você pergunta: "Por que isto? Por que estou sofrendo? Por que todo mundo está sofrendo?" Só quando algo vai mal as perguntas aparecem. Quando tudo vai bem, não há questionamento. Você aceita a existência em sua totalidade.

Portanto, lembre-se disto: se você tem um "por quê" você precisa de meditação, porque sem meditação o "por quê" não irá desaparecer.

E a resposta vem apenas para os que pararam de perguntar. A resposta só pode ser compreendida pelos que não estão dispostos a questionar. Uma mente inquisitiva não está disposta a ouvir. Continuará questionando.

As perguntas são geradas na mente como as folhas crescem numa árvore. Se sua mente está mal, as perguntas aparecerão. Só se sua mente desaparecer e a totalidade e a saúde interiores forem conseguidas, as perguntas cessarão.

E quando não há mais perguntas, você alcançou a resposta derradeira. A resposta suprema não está nas palavras. Você a vive; você se transforma nela.

Osho, em "A Nova Alquimia"

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

"MUNDO DE ILUSÕES"


“MUNDO DE ILUSÕES” (artigo de autoria própria)

Cheguei à conclusão de que tudo não passa de ilusão. Vivemos em um mundo ilusório, não importa a dimensão. Chega a hora em que a nossa mente revela a verdade. E a verdade é que somos “o nada”.

A nossa mente se encarrega de fazer todo esse trabalho. Nos coloca, ora em situações de alegria, ora em situações de desespero. Qual situação é real? “nenhuma”.

Aprendemos que precisamos: ser forte, ser honesto, ser trabalhador, ser pai, ser mãe, ser cada vez melhor, ser sempre merecedor do bem........ ilusões!!

Ilusões que construímos, passando de dimensão em dimensão, vivendo novas ilusões sempre. De que adianta nos preocuparmos tanto em atingir objetivos? Pra quê? Só pra tentarmos preencher vazios inexplicáveis e vencer traumas que achamos serem causados por outras pessoas, mas na verdade são causados por nós mesmos.

“Meditar?” Somos tão atrasados, que meditar deveria ser uma coisa natural, rotina do dia a dia, mas não! Os poucos que meditam acham que estão fazendo uma coisa gloriosa!!! O que tem de glorioso no ato de ficar sozinho, tentar colocar a cabeça no lugar, esvaziar a mente? Não estou desfazendo da meditação. Estou apenas afirmando que é apenas uma técnica de ilusão que serve muito bem pra sobrevivência, principalmente de pessoas que pensam demais, querem demais!! Quem pensa demais precisa parar de pensar! É só isso.

As pessoas se iludem buscando respostas que talvez nunca encontrem, alimentando expectativas em coisas que nunca se concretizarão. “Buscam uma amanhã melhor!” Que amanhã? Andamos, andamos, andamos e não saímos do lugar. Vemos sempre as mesmas coisas e ouvimos sempre as mesmas histórias.

A vida aqui é uma eterna busca. Busca por um Deus, por dinheiro, por saúde, por emprego, por amor, por família, por tudo! “Tudo” que não passa de “nada”!

Quando achamos que conquistamos algo, a nossa mente de ilusões automaticamente já procura outro objetivo a ser cumprido. Nos leva apenas a sermos bitolados em metas a atingir.

Pra quê chorar? De nada vai adiantar. Quando crianças, choramos e somos socorridos, atendidos. Ilusão! Nascemos sendo iludidos. Já que quando adultos, choramos e descobrimos que somos apenas solidão.

Não somos iguais, mas temos os vícios das mesmas fraquezas. As fraquezas se repetem no mundo inteiro. Vivemos em um vazio preenchido de ilusões, de aparências diversas, de cenas criadas por nós mesmos.

Por que as pessoas amam tanto as músicas, os livros, os filmes, as novelas, as peças de teatro? Porque as pessoas se iludem com as vidas representadas, se iludem com as vidas dos personagens, fantasiam, criam uma falsa emoção e se emocionam como se fossem a própria vida, almejam uma vida que não existe. Isso não é viver em um mundo de ilusões? É, pois só existe esse.

Não existe o mundo real que muitos teimam em dizer que existe.

Ainda tem gente que se acha “perfeito”. Não somos perfeitos em nada. A perfeição é outro tipo de ilusão que a nossa mente gera.

Na minha opinião, só existe um grupo de pessoas aqui na terra que consegue levar a vida de forma desprendida e despretensiosa: os taxados de loucos!! Esses vivem o mundo verdadeiro, pois descobriram que nada é real. Amam quando podem, odeiam quando querem, riem quando dá vontade, trabalha se der pra trabalhar, come o que tem, não liga se é rico ou pobre.

E os que se acham certos acabarão de ler este artigo e ainda vão achar a mesma coisa, porque a mente vai teimar em dizer que eles possuem a razão.

Minha conclusão com essa conversa toda aqui é: faça o que tem vontade, esqueça a opinião dos outros, siga em frente sem saber onde vai parar, ame quando der para amar! Nada é obrigação! Nada é real!

 

                                         AUTORIA: Alusah Martins Salvador

 

quarta-feira, 23 de maio de 2012

Autoanálise: chave para dominar a vida!



Por: Paramahansa Yogananda

Sem autoanálise, o homem vive como um robô!!

Milhões de pessoas nunca analisam a si próprias. Mentalmente, são produtos mecânicos da fábrica do ambiente em que vivem preocupadas com o café da manhã, almoço e jantar, trabalhando, dormindo, indo aqui ali para se divertirem. Elas não sabem o que, nem por que estão procurando, e tampouco compreendem por que jamais encontram felicidade perfeita ou satisfação duradoura. Esquivando-se da autoanálise, permanecem como robôs, condicionadas pelo seu meio. A verdadeira autoanálise é a melhor arte do progresso.

Todos deveriam aprender a se analisar imparcialmente. Anote diariamente seus pensamentos e aspirações. Descubra o que você é - não o que imagina ser! – porque quer fazer de você aquilo que deveria ser. A maioria das pessoas não muda porque não vê seus próprios erros.

Cada um é produto da hereditariedade e do ambiente. Se você nascer nos Estados Unidos apresentará características americanas inconfundíveis. Se nascer na China ou na Inglaterra, provavelmente te refletirá as influências dessas nacionalidades. Seu ambiente é o resultado de sua verdadeira hereditariedade – traços e desejos adquiridos em vidas passadas. Essa herança de encarnações anteriores levou-o a nascer exatamente na família e no ambiente em que agora se encontra.

Quando lemos sobre famílias de pessoas importantes, notamos frequentemente que os filhos de grandes homens não são necessariamente, da mesma fibra mental que os pais. Esta falha na hereditariedade biológica do homem suscita uma grande dúvida em nossa mente: por que não encontramos, na vida humana, os mesmos resultados que observamos nos reinos vegetal e animal, onde bons ancestrais costumam produzir bons descendentes? Temos de investigar a vida interior do homem para obter a resposta.

A autoanálise é essencial para ajudá-lo a aprimorar-se. Se puder analisar-se corajosamente, será capaz de suportar, sem pestanejar, uma análise crítica feita pelos outros.

Aqueles que gostam de falar dos defeitos alheios são abutres humanos. Já existe maldade demais no mundo. Não fale mal, não pense mal e não faça mal. Seja como a rosa, exalando para todos o doce aroma da bondade da alma. Façam todos sentirem que você é um amigo, que está pronto a ajudar, não a destruir. Se quiser ser bom, analise-se e desenvolva as virtudes que existem em você. Expulse a ideia de que o mal faz parte de sua natureza e ele se irá. Enfatize a luz e não existirá mais a escuridão. Estude, medite e faça o bem aos outros!



quarta-feira, 14 de março de 2012

Fichamento do livro: "Desvendando mistérios" Osho

Enigmas do esoterismo na visão de Osho. Com suas falas em Mumbai, Índia, sendo a meditação o tema central.

Osho descreve pontos importantes com muita clareza nesta obra e por isso, corre-se o risco de saciação da curiosidade. Pensando nisto ele afirma: "Você deve tentar me entender, deve tentar aprender, mas não deve acumular as minhas conclusões."

1) Sobre Shaktipat e graça:
  • Shaktipat é a energia do divino. Alguém atua como médium. É como uma lâmpada elétrica que precisa de uma pessoa.
  • Graça é o relâmpago no céu que vem sem a ajuda de um médium.
  • No dia em que shaktpat chegar muito próximo da graça (sem poder distingui-los), o que tinha que acontecer aconteceu.
  • Quando a energia da casa tornar-se relâmpago, natural, você deverá saber que se o shaktipat então acontecer, será equivalente à graça.
2) Explosão (Samádi)
  • A explosão só acontece quando as duas energias se encontram.
  • A energia adormecida sobe até o sahasrara (7º chacra) e então acontece a explosão.
  • O ponto final da Kundalini (energia adormecida na base da coluna) é o sahasrara.
  • A espinha dorsal é como uma escada. Cada vértebra é um degrau. A Kundalini começa do ponto mais baixo e chega até o topo. Se atingir o ponto mais alto ocorre a grande explosão. Se permanecer no baixo é descarga sexual.
  • O ser humano é uma escada. Neste sentido, afirma Nietzsche: "O ser humano é uma ponte entre duas eternidades."
  • Algo dentro que se abre equivale "a abertura de um lótus de mil pétalas."
  • O tempo depende da mente. É uma entidade mental. A duração do tempo varia de acordo com nosso estado mental.
3) Mestres:
  • é sempre o mestre que reconhece o discípulo; esse jamais pode reconhecer o mestre. Não conhecemos o próprio interior, como podemos reconhecer o mestre?
  • No dia que se está pronto, alguma mão, que na verdade a sua própria mão estará presente como guia para ajudar.
  • "Se você der a mão a alguém na rua, terá ajudado seu próprio ser. Se alguém lhe der uma mão, também ele ajudou somente a si mesmo."
  • Nunca pense nestes termos: "Será que... "- porque isso não tem fim e não tem sentido. São caminhos sem sentido que podem levá-lo a se perder.
4) Deus:
  • Deus não é uma pessoa, mas uma energia.
  • Ele tem sua própria lei eterna, e essa lei é a religião.
  • Religião significa as leis do comportamento da energia que é Deus.
  • Se você desejar que essa energia divina se torne uma bênção, uma graça para você, terá que fazer algo por conta própria. Daí a prática espiritual ter significado e a prece não. A meditação ter significado e a adoração não.
  • Seremos capazes de suportar a felicidade se ela nos vier gradualmente.
  • Ao trabalhar sobre si mesmo através de muitas vidas, você pode ter alcançado 99 graus de crescimento. Ao morrer você se esquecerá, mas os elementos serão transportados para a próxima vida.
  • O buscador toma responsabilidade sobre si mesmo. O buscador não considera ninguém, exceto a si mesmo, como responsável por tudo.
5) Relacionamentos:
  • Ao educar um filho, o pai não está se esforçando por uma outra pessoa; ele está nutrindo sua própria extensão.
  • Onde há relacionamento, há escravidão. O buscador espiritual não deve formar relacionamentos.
  • Se ele mantiver o relacionamento marido-mulher, não haverá mal nisso, pois esse relacionamento é irrelevante.
  • Você deve ser grato, mas essa gratidão não prenderá, pois aquilo que nunca é solicitado nunca prende. Ao agradecer sem que isso tenha sido pedido, não há aprisionamento.
6) Meditação:
  • As escrituras com as palavras dos iluminados deveriam ser totalmente ocultas dos ignorantes, pois eles fatalmente deturpam seus significados e tudo fica desvirtuado e distorcido.
  • Um idiota não pode ser hipnotizado nem ser levado à meditação; é impossível.
  • Quanto mais uma pessoa for talentosa, mais rapidamente poderá ser hipnotizada, e quanto menos talentosa , mais tempo demorará a ser hipnotizada.
  • Com que autoridade podemos julgar o que está acontecendo no interior de outra pessoa? Este é um traço de uma pessoa inteligente: ela não expressa uma opinião até conhecer por si mesma.
  • Coloque sua energia total no experimento de meditação e sempre tome decisões de acordo com suas experiências interiores, e não de acordo com as aparências exteriores dos eventos; do contrário, você tomará o caminho errado.
7) Divisão do indivíduo:
  • O indivíduo é dividido em 7 corpos: 1º Físico, 2º Etéreo; 3º Astral, 4º Mental ou psíquico; 5º Espiritual, 6º Cósmico e 7º Nirvana Sharir (corpo sem corpo).
  • Na "yôga "siddhis" são pessoas que atingiram um alto nível de elevação da consciência.
  • Cada homem tem um corpo feminino interno e cada mulher tem um corpo masculino interno.
  • Casamento bem sucedido: se caso uma mulher tiver um companheiro que seja idêntico a seu corpo masculino interior. Ou se a companheira do homem for uma mulher idêntica a seu corpo feminino interior.
  • Aceitar ajuda é uma coisa, mas ficar dependente é outra bem diferente.
  • Algumas pessoas medrosas desejam se amarrar, e outras pessoas também medrosas desejam amarrá-las a fim de, elas próprias sentirem-se destemidas.
  • A dúvida sempre está presente em pensamento; ela é sempre indecisa. Portanto, quem pensa muito nunca chega a uma decisão.
8) Trechos importantes:
  • Ao morrer um Einstein, é difícil encontrar outra pessoa para explicar a teoria da relatividade; ele próprio disse que havia não mais do que dez ou doze pessoas que entendiam sua teoria.
  • As grandes pedras das pirâmides ou foram erguidas por guindastes gigantes ou por alguma força psíquica.
  • O corpo de uma pessoa comum é queimado para que sua alma não fique pairando à sua volta, mas o iluminado não é cremado porque sua alma já parou de pairar à volta de seu corpo enquanto ele ainda estava vivo.
  • Quanto mais sutil uma coisa, mais longa é a sua vida; quanto mais bruta, mais curta será.
  • No momento em que a mente estiver inteiramente nas garras da ciência, o ser humano começará a fazer mau uso de seu conhecimento.
  • O jejum é um ato físico, e, se a mente pode ficar tranquila por um ato físico, então ela também é física.
  • A vibração da energia do quinto corpo é a forma mais sutil de energia conhecida pelo ser humano.
  • Muitas palavras em latim são utilizadas nas adorações católicas, e em todas elas está presente uma forma variante de AUM.
  • A palavra AMÉM é usada como sinal de obediência ao divino.
  • AUM é a palavra implícita.
  • Yôga tandra: se aum for usado somente como uma repetição sobre a mente, seu impacto trará o sono hipnótico.
  • Se estiver inteiramente atento ao som, como ouvinte, no estado desperto, entra-se na yôga jagriti.
Para finalizar, gostaria de mais uma vez deixar claro que esses são pensamentos de Osho, e não meus. Apenas filtro e retiro o que há de melhor em suas ideias e internalizo para melhor qualidade de vida. Cada um que lê precisa fazer o mesmo!!! Obrigada

Como começamos a tocar no assunto yôga no final desse fichamento, então a próxima postagem ou assunto será sobre Yoga, yóga, ioga ou yôga?





      sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

      TAO - A SABEDORIA DO SILÊNCIO INTERNO


      Fale apenas quando for necessário. Pense no que vai dizer antes de abrir a boca.
      Seja breve e preciso já que cada vez que deixas sair uma palavra, deixas sair ao mesmo tempo uma parte de seu Chi (sua energia). Desta maneira, aprenderás a desenvolver a arte de falar sem perder energia.
      Nunca faças promessas que não possas cumprir. Não te queixes, nem utilizes em seu vocabulário, palavras que projetem imagens negativas porque se produzirão ao redor de ti, tudo o que tenhas fabricado com tuas palavras carregadas de Chi.
      Se não tens nada de bom, verdadeiro e útil a dizer, é melhor se calar e não dizer nada.

      Aprenda a ser como um espelho: observe e reflita a energia. O próprio Universo é o melhor exemplo de um espelho que a natureza nos deu, porque o universo aceita, sem condições, nossos pensamentos, nossas emoções, nossas palavras, nossas ações, e nos envia o reflexo de nossa própria energia através das diferentes circunstâncias que se apresentam em nossas vidas.
      Se te identificas com o êxito, terás êxito. Se te identificas com o fracasso, terás fracasso.
      Assim, podemos observar que as circunstâncias que vivemos são simplesmente manifestações externas do conteúdo de nossa conversa interna.
      Aprende a ser como o universo, escutando e refletindo a energia sem emoções densas e sem prejuízos.
      Porque sendo como um espelho sem emoções aprendemos a falar de outra maneira.
      Com o poder mental tranqüilo e em silêncio, sem lhe dar oportunidade de se impor com suas opiniões pessoais e evitando que tenha reações emocionais excessivas, simplesmente permite uma comunicação sincera e fluida.
      Não te dês muita importância, e sejas humilde, pois quanto mais te mostras superior, inteligente e prepotente, mais te tornas prisioneiro de tua própria imagem e vives em um mundo de tensão e ilusões.
      Sê discreto, preserva tua vida íntima, desta forma te libertas da opinião dos outros e terás uma vida tranqüila e benevolente invisível, misteriosa, indefinível, insondável como o TAO.
      Não entres em competição com os demais, torna-te como a terra que nos nutre, que nos dá o necessário.
      Ajuda ao próximo a perceber suas qualidades, a perceber suas virtudes, a brilhar.
      O espírito competitivo faz com que o ego cresça e, inevitavelmente, crie conflitos.
      Tem confiança em ti mesmo. Preserva tua paz interior evitando entrar na provação e nas trapaças dos outros.
      Não te comprometas facilmente, se agires de maneira precipitada sem ter consciência profunda da situação, vais criar complicações.
      As pessoas não têm confiança naqueles que muito facilmente dizem “sim” porque sabem que esse famoso “sim” não é sólido e lhe falta valor.
      Toma um momento de silêncio interno para considerar tudo que se apresenta a ti e só então tome uma decisão.
      Assim desenvolverás a confiança em ti mesmo e a Sabedoria.
      Se realmente há algo que não sabes, ou não tenhas a resposta a uma pergunta que tenham feito, aceite o fato.
      O fato de não saber é muito incômodo para o ego porque ele gosta de saber tudo, sempre ter razão e sempre dar sua opinião muito pessoal. Na realidade, o ego nada sabe simplesmente faz acreditar que sabe.
      Evite julgar ou criticar, o TAO é imparcial em seus juízos não critica a ninguém, tem uma compaixão infinita e não conhece a dualidade. Cada vez que julga alguém a única coisa que fazes é expressar tua opinião, e isso é uma perda de energia, é puro ruído.
      Julgar, é uma maneira de esconder tuas próprias fraquezas. O Sábio a tudo tolera, sem dizer uma palavra.
      Recorda que tudo que te incomoda, nos outros, é uma projeção de tudo que não venceu em ti mesmo.
      Deixa que cada um resolva seus problemas e concentra tua energia em tua própria vida. Ocupa-te de ti mesmo, não te defendas. Quando tentas defender-te, na realidade, estás dando demasiada importância às
      palavras dos outros, dando mais força à agressão deles.
      Se aceitas não defender-te estarás mostrando que as opiniões dos demais, não te afetam, que são simplesmente opiniões, e que não necessitas convencer aos outros para ser feliz.
      Teu silêncio interno o torna impassível. Faz uso regular do silêncio para educar teu ego que tem o mal costume de falar o tempo todo.
      Pratique a arte do não falar. Toma um dia da semana para abster-se de falar. Ou pelo menos algumas horas no dia, segundo permita tua organização pessoal.
      Este é um exercício excelente para conhecer e aprender o universo do TAO ilimitado, ao invés de tentar explicar com palavras o que é o TAO. Progressivamente, desenvolverás a arte de falar sem falar, e tua verdadeira natureza interna substituirá tua personalidade artificial, deixando aparecer a luz de teu coração e o poder da sabedoria do silêncio.
      Graças a essa força, atrairás para ti tudo que necessitas para tua própria realização e completa liberação.
      Porem tens que ter cuidado para que o ego não se infiltre…
      O Poder permanece quando o ego se mantém tranqüilo e em silêncio.
      Se teu ego se impõe e abusa desse Poder o mesmo Poder se converterá em um veneno, e todo teu ser se envenenará rapidamente.
      Fica em silêncio, cultiva teu próprio poder interno. Respeita a vida dos demais e de tudo que existe no mundo.
      Não force, manipule ou controle o próximo.
      Converta-te em teu próprio Mestre e deixa os demais serem o que são, ou o que têm a capacidade de ser.
      Dizendo em outras palavras, viva seguindo a vida sagrada do TAO.

      sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

      Visão de Osho sobre “Religião”: Misericórdia e não sacrifício!

      Olá, leiam aqui trechos muito interessantes sobre o que Osho fala a respeito de religião. Só cuidado para não compreenderem de forma errada e negativa, pois são trechos profundos e que geram muita reflexão e a boa polêmica! Mantenham a mente aberta e curtam a leitura!

      Religião é, básica e essencialmente, uma rebelião. Não se trata de conformidade, não se trata de pertencer a qualquer organização, sociedade, igreja, pois todos esses pertencimentos vem do medo, e religião vem da liberdade. Mas há o medo de estar sozinho. As pessoas gostam de pertencer a uma nação, a uma igreja, a uma sociedade, porque, quando você pertence a uma multidão, você se esquece da sua solidão. Ela não desaparece, mas você se esquece dela. Você se engana, cria um sonho ao seu redor, como se não estivesse sozinho. Você permanece sozinho do mesmo jeito; isso é apenas um tóxico.

      Religião não é um tóxico. Ela não lhe dá inconsciência, ela lhe dá consciência. E consciência é rebelião. Quando você se torna consciente, não pode mais pertencer a nenhuma sociedade, a nenhuma nação, a nenhuma igreja, porque, quando se torna consciente, você se torna consciente da austera beleza da solidão. Você se torna ciente da música que está continuamente acontecendo dentro da sua alma... mas nunca se permitiu estar só para ouvi-la, para estar em sintonia com ela, e ser um com ela.

      Religião não é conformidade, porque toda conformidade é mecânica. Você faz certas coisas, porque se espera que você as faça. Você as faz porque tem de viver com pessoas e tem de seguir suas regras; você as faz porque você tem sido condicionado a fazê-las. Você vai à igreja, vai ao templo, ora, segue rituais, mas tudo é vazio. A menos que seu coração esteja naquilo, tudo é morto e mecânico. Você pode fazer tudo exatamente como está prescrito, sem erro --- pode até ser perfeito – mas, mesmo assim, aquilo está morto.

      Religião não é consolo. Ao contrário, é um desafio: Deus desafia o homem. Ele continuará batendo à sua porta. Não permitirá que você se estabeleça por menos. Religião é um desafio. Ela não é um consolo. Mas as supostas religiões, as religiões organizadas, são consolos. Elas o consolam, escondem suas feridas. Elas não os excitam, não o chamam, não o invocam, não lhe pedem para ser aventureiro, não lhe pedem para ousar, não lhe atraem para mover-se numa vida perigosa. Elas são como lubrificantes. Você pode se mover mais facilmente e você não se atrita contra os vizinhos. Não surge nenhum conflito. Você faz uso da igreja como lubrificante. Ajuda, ajuda socialmente: é uma formalidade. Quando você tem uma aparência de que é religioso, você tem uma arma potencial com você. Sua religião é um consolo para você e uma respeitabilidade. Na verdade isso é política, uma diplomacia. Faz parte da sua luta para sobreviver, faz parte da sua ambição, faz parte de toda a política do ego. É poder político.

      Religião é o supremo. Tem algo a ver  com uma nova consciência dentro do indivíduo, é um novo ser surgindo e se expandindo no indivíduo. Você tem novo olhos, você ganha um novo olhar através dela. Você pode ver os velhos problemas, mas eles desaparecem. Não que tenham sido resolvidos – eles simplesmente desaparecem, se dissolvem. Com um novo olhar eles não podem existir. Você tem uma nova visão, uma nova dimensão.

      Caso queiram ler o livro completo chama-se: PALAVRAS DE FOGO,reflexões sobre Jesus de Nazaré!  Osho!!!!

      Ateísmo


      O Ateísmo é a negação da existência de Deus. É uma corrente de pensamento que tem como base o questionamento e diferente das religiões as quais vai de encontro, não surgiu de um conjunto ou única vertente de ideias.

      O pensamento ateu surge do próprio indivíduo quando esse passa a duvidar das questões religiosas ao seu redor e não encontra provas da existência de Deus. O Ateu Forte é um tipo de ateísmo que tem na racionalidade toda a “força” de sua argumentação contra religiosa, dizendo que não se pode provar a existência de Deus.

      O segundo tipo é chamado de Ateu Fraco, chamado assim por partir do ponto de duvidar em vez de negar completamente, ou seja, Deus não existe, até ser provado que realmente não exista.

      A terceira forma de manifestação do ateísmo é chamada de Neo Ateu, considerada a mais radical de todas, pois deve-se negar a religião já que ela é o desdobramento errôneo da crença em algo que não existe, no caso Deus.

      O filósofo Carnéades (214-129 a.C) foi o primeiro a realizar uma manifestação pública de ateísmo, em uma conferência no Senado romano chegou a dizer que os deuses não existiam.

      Com o tempo, conforme a Igreja Católica foi se  constituindo, mais e mais perigoso ser tornou o fato ser ateu. Muitas vezes ser mencionado por alguém ou mesmo cogitado, já era o bastante para o dito herege ser condenado à fogueira.

      No século XVIII com a chegada do Iluminismo, os questionamentos dos homens perante tudo e principalmente a igreja aumentaram. Foi aí que surgiu um dos mais ferrenhos críticos da religião: o filósofo francês Denis Diderot (1713-1784). Em seus livros ele ataca a igreja Católica e suas práticas, denunciando vários abusos cometidos  pela igreja.

      O alemão Ludwig Feuerbach chegou a influenciar o mais conhecido pensador ateu: Karl Marx. Para Feuerbach, a religião seria o conjunto de crenças em que o homem sintetiza toda a sua angústia enquanto ser imperfeito, criando assim uma relação de inferioridade com a própria imagem projetada como divindade. A religião se torna uma maneira de alienação pessoal e, mais tarde, de massa, a partir do momento em que passa a controlar a sociedade por meio de dogmas e normas. Esse raciocínio influenciou a famosa frase de Karl Marx: “a religião é o ópio do povo”.

      Outro influente pensador ateu é Friedrich Nietzsche, seu pensamento tem como pressuposto a queda da religião, uma vez que ela cria superstições, mitos e mecanismos de alienação que o impedem de evoluir.

      Para finalizar, vale a pena citar um pensador contemporâneo: o estadunidense Sam Harris, graduado em Filosofia e doutor em Neurociência em 2009. Ele se baseia em pontos ideológicos e físicos para demonstrar a “farsa das religiões”. Durante anos de estudo ele utilizou imagens de ressonância magnética para conduzir pesquisas de base neurológica a respeito das crenças.